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Detecção precoce do câncer de mama

Detecção precoce do câncer de mama

O câncer de mama é o segundo câncer mais incidente em mulheres, de acordo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Depois do câncer de pele, o câncer de mama é o mais diagnosticado na população feminina em todo o mundo. Em média, 1 em cada 8 mulheres desenvolverá a doença ao longo da vida. O diagnóstico precoce é o principal fator que influencia na cura da doença, chegando até 95% nos casos de diagnóstico inicial. Portanto, a conscientização da prevenção da doença é fundamental e pode salvar vidas.

Todos os cânceres são causados por alterações nos genes. Os genes informam às células do nosso corpo quais proteínas devem ser utilizadas para cada tipo de célula e suas necessidades. Alguns genes dizem ao organismo como corrigir os danos acumulados, ao longo do tempo, que ocorrem durante o envelhecimento normal, pela ação das toxinas ambientais, exposição ao sol, fatores dietéticos, hormônios e outras influências. Estes genes de controle dos danos podem reparar às células ou informar às mesmas quando parar de crescer e morrer se houverem demasiados danos a reparar. Quando os genes estão danificados, podem aparecer alterações denominadas mutações. Quando essas mutações ocorrem nos genes, as células podem crescer fora de controle causando o câncer.

Para a maioria das pessoas que desenvolvem câncer, as mutações genéticas acontecem ao longo da vida. Algumas pessoas nascem com uma mutação genética herdada de um dos pais, que aumenta seu risco de ter câncer. Quando o câncer ocorre devido a uma mutação herdada, é denominado câncer hereditário. Apenas 10% dos tumores de mama são considerados hereditários, e outros 10% a 15% possuem parentesco de primeiro e segundo grau com história de câncer de mama.

O câncer que não parece ser causado por alterações herdadas é denominado câncer esporádico. Acredita-se que a maioria (talvez 90%) de todos os cânceres sejam esporádicos.

Isto significa que mesmo se o câncer não é encontrado em uma família, um membro dessa família ainda pode ter um risco para algum tipo de câncer durante a vida. O câncer esporádico e o hereditário diferem de várias maneiras o que pode afetar as decisões sobre os cuidados e tratamentos.

Os sinais e sintomas do câncer de mama podem variar, e algumas mulheres que têm câncer podem não apresentar nenhum desses sinais e sintomas. De qualquer maneira, é recomendável que a mulher conheça suas mamas, e saiba reconhecer alterações para poder alertar o médico.

Qualquer alteração que você venha a observar deve ser comunicada imediatamente ao seu médico, mesmo que elas tenham aparecido pouco tempo depois da última mamografia que você realizou ou do exame clínico das mamas feito por um médico.

O sintoma mais comum do câncer de mama é o aparecimento de um nódulo ou massa.

Um nódulo sólido, indolor e com bordas irregulares pode ser um tumor maligno, mas os cânceres de mama podem ser sensíveis ao toque, macios ou redondos. Por esse motivo, é importante que qualquer nova massa, nódulo ou alteração na mama seja examinada.

O câncer de mama também pode apresentar vários sinais e sintomas, como: inchaço de toda ou parte de uma mama (mesmo que não se sinta um nódulo); nódulo único endurecido;
irritação ou abaulamento de uma parte da mama; dor na mama ou mamilo; inversão do mamilo;
eritema (vermelhidão) na pele; edema (inchaço) da pele; espessamento ou retração da pele ou do mamilo; secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos e linfonodos (gânglios) aumentados.

Apesar da importância do diagnóstico precoce para aumentar e melhorar as chances de cura e sobrevida para as mulheres com câncer de mama, muitos casos ainda são diagnosticados em estágios avançados, inclusive com metástases, que é quando o tumor já se espalhou para outros órgãos.

Portanto, a prevenção é muito importante, e pode ser feita de duas formas diferentes.

A prevenção primária do câncer de mama, que foca em eliminar fatores de risco que causem a doença pode ser feita modificando hábitos de vida da maior parte das mulheres como: evitar a obesidade (Índice de Massa Corpórea-IMC acima de 25), evitar ingestão de álcool (mais que 1dose por dia aumenta o risco), evitar exposição muito prolongada a hormônios sintéticos, principalmente na pós-menopausa, realizar exercícios físicos (a partir de 3h de exercícios por semana apresentam efeito protetor) e ter uma dieta rica em fibras (reduz o risco em até 10%).

A outra forma de prevenção é a secundária, que ocorre através de exames de imagem, que possibilitam o diagnóstico inicial do câncer da doença, tais como, o ultrassom, mamografia e ressonância magnética. O rastreamento, com mamografia anual, deve ser iniciado aos 40anos para todas as mulheres da população geral. Para mulheres com risco aumentado, esta idade pode ser antecipada, mas deve ser avaliada a história de cada mulher para definir a melhor estratégia de acompanhamento, qual tipo de exame e o intervalo do seguimento.

Algumas mulheres, em função do histórico familiar, de fatores genéticos ou de outros fatores, devem realizar o rastreamento com ressonância magnética e mamografia a partir da avaliação médica.

O tratamento do câncer de mama é multimodal, isto é, utiliza-se vários recursos para tratá-lo, como cirurgia, radioterapia, quimioterapia, endocrinoterapia e a imunoterapia ou terapia-alvo. A escolha do melhor tratamento vai depender da carga tumoral (estágio da doença definido pelo tamanho do tumor, comprometimento de linfonodos axilares e regionais, metástases à distância, fatores prognósticos) e da biologia tumoral (perfil molecular do tumor).

Para saber mais sobre o câncer de mama acompanhe os vídeos educativos clicando no link abaixo.

Saiba mais: https://www.einstein.br/cancerdemama/diagnostico-inicial

Fontes: American Cancer Society, Instituto Oncoguia, Femina, www.einstein.br/cancerdemama

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