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Quais as tendências da Reprodução Assistida para os próximos anos?

Fertilização in vitro

Quais as tendências da Reprodução Assistida para os próximos anos?

O primeiro bebê de proveta do Brasil e da América Latina foi a paraense Anna Paula Caldeira, que nasceu em São José dos Pinhais, no ano de 1984, seis anos depois do primeiro bebê de proveta do mundo, a inglesa Louise Brown. E desde o nascimento delas, as técnicas de reprodução assistida evoluíram em ritmo acelerado, e é possível se obter gestação com a recuperação de poucos espermatozoides ou óvulos, além de conseguir prever várias síndromes genéticas incapacitantes ou que causam mortes precoces antes de o embrião ser transferido ao útero da mulher.

Desde o primeiro nascimento pela Fertilização in vitro no mundo estima-se que mais de 9milhões de bebês nasceram graças à técnica. O que inicialmente estava indicado para infertilidade, hoje acolhe desde pessoas que desejam postergar o momento de serem pais até preservar a chance de ter filhos em momento oportuno, por motivos sociais ou de doença; e ainda evitar a transmissão de doenças hereditárias graves. Essa foi mais uma das conquistas da Reprodução Assistida: a desvinculação do conceito de infertilidade.

No Brasil, a qualidade dos serviços e assistência oferecidos na área, assim como os resultados se equiparam aos melhores centros do mundo, e o país se consolida na liderança na Reprodução Assistida (RA) na América Latina, concentrando 40% dos centros de reprodução entre os países da região, de acordo com um levantamento da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (REDLARA).

Outro tema com destaque são as pesquisas sobre as técnicas de diagnóstico genético, deforma não invasiva ao embrião, para ser realizada antes da transferência para o útero da mulher.

Hoje, usamos técnicas invasivas como a biópsia do trofectoderma do embrião e essa mudança pode afetar positivamente os resultados futuros. Nos últimos anos, também foi possível ver grandes mudanças nas técnicas usadas dentro dos laboratórios de embriologia que permitiram o congelamento de óvulos e embriões com melhores resultados no descongelamento, novas possibilidades como o diagnóstico pré-implantacional, que analisa os embriões, e ainda a incorporação do congelamento de tecido ovariano aos métodos de preservação da fertilidade para casos específicos.

É certo que ainda há necessidade de muita pesquisa na área, mas, a reprodução assistida, de fato, já é uma realidade para mulheres em todas as idades reprodutivas. No ano2000, mulheres com idade abaixo de 34 anos eram responsáveis por realizar metade dos tratamentos. Em 2016, o percentual caiu para 28%. Nesse mesmo período, a demanda pelo tratamento duplicou entre as mulheres acima de 40 anos. E atualmente, esse percentual que era de 14,9%, chegou a 32,9% em 2019 (REDLARA).

Em todo o mundo, a realização de fertilização in vitro em mulheres acima de 40 anos é uma realidade entre aquelas que desejam adiar a gestação para alcançar a plenitude profissional, o desejo de estabilidade financeira ou não ter encontrado o parceiro. Mas diante dessa decisão, é importante conscientizar homens e mulheres sobre a relação entre fertilidade e idade, além da importância de priorizar a concepção natural. Por isso, os cuidados devem ser ainda maiores depois dos 35 anos. Além do declínio da fertilidade e portanto da chance de sucesso dos resultados de gravidez, a idade materna avançada leva ao aumento do risco das síndromes cromossômicas, ou seja, a saúde do bebê pode ser afetada. E nos casos, onde a decisão de adiamento da gravidez é firmada, o congelamento de óvulos e espermatozoides deve ser considerado, de preferência antes dos 35 anos.

Fontes: SBRA e REDELARAO

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